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* Etilista do Tempo *




O abandono é iminente... e os rabiscos são sempre desprezados pela minha mera falta de  displicência ou zelo. Ando desprezando minhas palavras, engolindo-as e tendo mesmo uma péssima digestão...
Não virei as páginas... apenas as colei uma a uma para que não me fosse permitido dar no mínimo uma olhadela por entre a curiosidade.
Ah felicidade!
Você teve que ficar ai, escondidinha enquanto organizo suas bagunças. Enquanto finjo ser gente grande e resulto em atos certos.

Mas confesso! 
Em certos momentos ainda ouço o som da sua risada gostosa e vasculho seu rosto em fotos incomuns e proibidas a minha mera visitação. Isso me distrai o ser, feito massagem ao ego. Aquele tipo de coisa que soam mais como segredos... censura.

Deixei para lá o jeito egocêntrico como te via e estou mesmo é dando passos. Meios lentos e bipolares... pois da mesma maneira que explodem feitos fogos de artificios em ano novo... também ouço a música funebre do seu enterro imaginário. Uma puta confusão, admito, mas quem disse aqui que tudo ia ser comum?

O amor não me foi nada comum...
A vida não me trouxe nada de comum...
E nem o vento me assombra com lembranças comuns...

São como turbulências incessantes. Comparando-se mutuamente entre ontem e o presente.
Duas espécies em um só espaço: Felicidade e saudade.
Talvez vença apenas uma.
Talvez eu viva de goles mínimos e diários, feito aguardente puro. Fermentado pelo coração e absorvido pela alma.

E então, torno-me uma eterna etilista dos goles que queimam a garganta e entorpecem os sentidos, como agora...

Hic-hic!!
Acho que por hora falei demais como todo alcoolizado. Criando coragem e gritando para o mundo: - MORREREI DE SAUDADES! 
Mas sobriamente te ignoro para que a vida continue seus passos.

Felicidade, sua cretina insana!

by JanNa


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