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(...)

Em um período muito curto as descobertas são variáveis. Por exemplo, descobri que o esquecimento não é um ponto final de uma lembrança qualquer e sim uma mera reticência, das quais utilizo tanto em meus textos e de quebra nem havia me atentado do 'porquê'. A vida muda ou mudou (reticências) Eu mudei (reticências) O amor acabou (reticências) Notei que minhas reticências vem e vão como parte obrigatória. Desde o inicio ao término de uma frase... lá estão elas. Sem contar que mentalmente as utilizo mais do que o necessário no mais profundo silêncio. O que me cabe nessa vida é apenas o singelo poder a curto prazo: o meu agora (nesse exato momento). E nem me sobra tanto para glorificar-me. O passado foi vivido. Saboreei cada gole, me fartando do destino para se colocar o começo, meio e fim para cada coisa vivida, como uma tarefa realizada com ou sem sucesso. O presente é reticência pura - nunca vou saber como vai terminar, afinal as incertezas diária

** FiCar prA quÊ? **

Ei! estou escutando sua voz ao longe... Percebo apenas que está gritando, me falando coisas indecifráveis e que agradeço por estar tão distante para não ouvi-las. Já bastam minhas lamentações e choro instantâneo e oculto. Sim, sinto muito, mas nesse momento estou machucada demais para ouvir palavras que me feriram tanto... e poxa vida, elas são tantas! Parecem que nunca vão morrer na lembrança. Melhor mesmo é dar no pé. Sair correndo sem meus chinelos favoritos, massacrando os cascalhos que estão pelo caminho. Nada fere o corpo se a alma está fragmentada pela dor. O melhor é sufocar meu fôlego e ficar quieta daqui uns metros, até que tudo se acalme e eu não possa ver você em meu passado me chamando. Estou sendo egoísta? Talvez. Mas só eu sei o que é melhor pra mim. Nada adiantou. No fim tive medo desses sonhos e permiti que eles fossem mutilados. Um a um, num erro constante. E a saída é esta: a fuga. Antes que eu me arrependa e sinta saudades demais e pense em volta

** Coração, minha única porção **

Nada é eterno... nem tão intenso que não tenha seu próprio tempo de se finalizar. Aos poucos as cores desbotam, o sorriso se perde, os olhos não vêem. Uma queda brusca e sinceramente insana. Não há vencedores numa guerra perdida, sobra apenas o cansaço, os olhos vermelhos e a sensação de se ter lutado em vão. Perder não é o forte de ninguém mas sim algo que temos a obrigatoriedade de aceitar. Eu  perco, você perde - pronto! Palavras evasivas criam vida própria, sem contar as criticas e desapontamentos instantâneos que têm o único objetivo: ferir. Afinal se todos não saírem sangrando não tem graça, não é mesmo? Tem que ter fragmentos, choro, culpas. Resolvi que não quero isso pra mim... e então liberto-me. Deixo pra lá o motivo da guerra e pela qual defendi por algum tempo achando que a vitória era a única coisa certa. Errei feio, admito, mas as forças acabaram e meu pilotão de sentimentos se retiraram. Engolindo a derrota também acho importante sair de cena, mas sem martírios. Hora

* CoNfLiToS ReAiS *

Já desci da torre da Rapunzel e ainda assim me sinto em perigo. Eita mundão estranho esse minha gente, onde tudo parece rodar feito pião sem rumo e só se deixa zoado. Passei foi muito tempo enclausurada e mortificada pelo sentimentalismo barato que estando ‘acordada’ pareço até fora de órbita. Seria o amor como aquelas vacinas super potentes e de dose única? Ou poderia tomá-lo em doses de Tequila pura até cair... cair... e do chão ficar rindo com o vento que sopra suave no rosto? Sei lá. Só sei que estou sem rumo. Foram tantos os questionamentos e pressões emocionais que minha mente cortou o contato direto com o coração. Cada um age conforme sua tosca vontade e eu me ferrando nessa batalha desigual. Não mando em mais nada por aqui! Amei uma vez, duas... Apaixonei-me trocentas (mentira, algumas apenas!). O real problema é a mania de incorporar a palavra ‘intensa’ numa vida inteira. Aos longos dos anos e das falhas imperdoáveis, descobri que incorporar tal palavra

** FuManTeS S.A **

- Eiiii, alguém para esse trem da abstinência porque necessito descer! Algo em mim não vai bem, uma confusão estrondosa, mente e corpo em um ringue estilo MMA. A idéia foi boa, diga-se de passagem, de uma mente cansada e já se sentindo escrava. O corpo vem reagindo como pode, gritando sua grotesca falta de nicotina, atormentado: ô coitado! Sete dias. Uma semana. 168 horas sob a mira da força de vontade – é tudo que tenho e que utilizo para tranqüilizar o animo. Opinião não se tem muito valor a quem deseja suicidar um vício. As correntes de apoio também não, afinal serão as mesmas que se tornarão criticas fatais caso vacile na minha decisão e obedeça a recaída. Não, não quero isso. Juro. Mas citarei alguns dos malefícios e benefícios desse ato excelente, mas insano vai... ou o contrário? Ráh, já nem sei. Eu gostava de fumar. A fumaça tinha algo encantador, sedutor... e invadia meus pulmões com o mesmo propósito e me levava em segundos a um êxtase de s

** SuPerAçãO **

A correnteza te arrastou. Sim, ela te levou e por pouco não te tirou a vida. Mas seu fôlego ainda estava ali, meio que distraído ao desespero. Apavorado com as conseqüências do que se não pode adivinhar. Fiquei na beirada, como tua sombra que não abandona. Mas minhas mãos estavam longe né? Ou talvez será que não as viu? Sentei. Ouvi teus gritos, mas sinceramente não quis ajudar – afinal me afogaria com você e nas circunstâncias poderia até me responsabilizar por te levar ao fundo. Mas me nego a isso. Pois creio que nos afundamos sozinhos, sem culpas, sem traquejos. Continuei olhando e vi quando se agarrou em algo – suspirei de alivio, confesso. Vi quando usou suas únicas forças para chegar até algo que te desse segurança e assim o fez. Não precisou de ajudas, você notou? Bati palmas. Adoro ver quando as pessoas se superam. Surpreendentemente permitiu que o ar invadisse seus pulmões e foi se acalmando e então chorou. Uma dor o invadiu, mas não física... uma do

** tOrmEntAs **

Eita que as águas deste rio está agitada e o vento sopra ingrato bagunçando meus cabelos. Sinto falta de escrever, mas meus textos morrem nas pontas dos dedos – talvez medo do retorno ou da vazão de sentimentos que tanto bloqueei a saída, como compotas reservadas para dias secos. Não dá mais para manter o meu universo paralelo, preciso voltar já que caminhei sem rumo por diversas estradas. Mas seria o mais sensato? Nem sei. O amor definhou. A vida mudou. Me cansei de tudo um pouco e das pessoas boa parte. Estranhamente segui a vida. Amadureci um bocado com meus vales e paraísos. Um contraste permanente e necessário. Havia mais sentimentos quando escrevia. Compaixão, dor e revolta. Alegria, sorrisos e felicidade instantânea. Hoje as palavras estão lá, jogadinhas em um canto íntimo, tentando me seduzir com a melhor das hipóteses. Resisto, mas hoje quis me embriagar delas até cair. Hic! Vamos lá. Como todo bêbado, hoje quero chorar as pitangas. Sufoquei um amo