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Mostrando postagens de setembro, 2010

** NaDa fAz SeNtiDo **

Talvez um pássaro possa seguir sem sua canção, talvez ele seria só mais um em meio a tantos solitários... Seguindo um frash de luz... Um horizonte qualquer... Mas ele sabe que a jornada será complicada. Pois a saudade de sua canção vai ferir seu mais intimo do ser, abalando assim seu estado de espírito... Mas o dever é continuar... Há um caminho a buscar, mas silenciosamente isso se torna quase impossível. Por mais que se depare com o cansaço e que suas forças estejam esgotadas... ele sabe que a rota anterior tem que ser esquecida. Quem sabe numa próxima vez, quem sabe um dia desses por acaso! Nada faz sentido. Sem sua canção, o mundo pára. Só se ouve seu coração batendo inutilmente. Onde ela foi parar? Porque deixou de sair sorrateiramente? Porque tem que enfrentar tantas chuvas para reencontrá-la? Não poderia simplesmente continuar dentro dele sem lhe roubar a vontade? Mas ela se foi. O dia amanheceu entre as folhas, e ela já não estava mais ali... Dentro de si. Nada se compara a

** CaRa ou CoRoA?? **

Irremediavelmente os dois lados da moeda incomodam... Cara... um destino todo certo... Coroa.... o lado errado, sempre. Mas por cargas d’águas, o erro sempre é mais atrativo, ou melhor, mais atraente. E a confusão é imediata: O erro sempre vem com a desculpa de querer acertar, afundando os pobres de espíritos em suas criticas e culpas sem fim. Talvez jogar a moeda para cima e testar a dona sorte não seja mais uma brincadeira saudável, a julgar pelos anos de vivencia ou conseqüentemente de erros profundos. Acertar o lado certo é uma missão quase impossível. Levam-se meses, anos... tudo numa fração de tempo incalculável. Mas como toda sorte é ingrata e provida de uma certa sedução silenciosa, bate de vez em quando a porta de um moribundo qualquer. Bingo! Da noite para o dia, eis que a figura abstrata se torna perceptível. Tem seu papel mudado onde antes era nada. Pés fincados e a rir da realidade quase intocável... certo que sua ilusão de ótica desprovida de qualquer reação... Verda

** PqNa EsTreLa **

Ainda estou com teus olhinhos pretos na memória! E como o destino é altamente sarcástico, eis que isso me marcou de certa forma. Foi uma visita planejada, diga-se de passagem, pra lá de combinada em busca de boas notas nas minhas atividades extras curriculares. Na verdade eu nem queria ir, talvez com medo do que encontrar, como reagir... Fui pensativa no carro... um aperto do peito, uma sensação que não gosto de sentir... Era uma casa dos sonhos... com janelas enormes pintadas de branco, largo quintal e uma espécie de imã me chamando... Entrei! Ao conhecer todas pessoas que ali dedicavam suas vidas, minhas mãos foram puxadas de súbito... Coração a mil, olhei para baixo... lá estava ela... Uma menininha linda, cabelos pretinhos feito os da minha Luiza. Os olhinhos negros como a noite... me pedindo colo, atenção, carinho, amor, sei lá o que mais. Meu instinto maternal se fez presente... Trouxe-a para junto de mim, não ignorando mais seus pequenos pedidos de ‘quero colo’ e beijei-a c

** MeXa-Se **

... Oscilou-se por um momento e perguntou-se num sussurro... onde estou, quem sou? Pra onde olhava, sentia-se num vasto mundo desconhecido... e não se encontrava! Parou cansado, sentou e olhou para os céus... era talvez a única coisa familiar, pois o resto de sua mente havia se perdido. Confundido... um estranho dentro de si. Uma enchente de pensamentos, de porquês, de vontade de sair dali. Mas aquele era teu corpo, seus traços, seu querer. Em um lapso, lembrava-se de tudo, mas na verdade queria mesmo era esquecer. Uma luta desigual com seu interior agonizante. Não queria mais pertencer a aquela vida ou a aquele ser. Queria ser novo, pensar novo, ser diferente. Mas na vida não há muitas oportunidades quando se entra em guerra súbita com sua própria essência.  Acreditava fielmente que bastava colocar as idéias em ordem, que conseguiria tal façanha de se mudar de alma – às vezes conseguia – noutras, era sua mais brutal decadência. Pois um homem não se pode mudar as coisas que já lhe

** O rUim MesMo é Oq fiCa **

Destilando experiências românticas, eis que me lembro das coisas cômicas que definitivamente ‘ficam’ para reavivar cada momento. Ah, que coisa chata, mas dessa vez resolvi modificar o modo como encaro os fatos (e como os escrevo é claro) e nada melhor do que retirar o drama de cena e temperar essa vida com pitadas de sarcasmo. Vão ser textos engraçados – prometo! Palavra de quem sempre quis ser escoteira – mas nunca nem passou perto disso (risos), mais ainda assim acreditem. Voltando as cenas cômicas, eis que me lembro que em todo bom ou decadente relacionamento, sempre o que resta mesmo são as evidências de um romance naufragado... Falo de roupas deixadas para trás, objetos pessoais e até mesmo a bendita ‘escova de dentes’ que por um acaso e diga-se de passagem, mais um relaxo de minha parte, permaneceu lá... entrosada a minha, como uma companhia necessária. Ah vai! Não me venham dizer que isso não é possível! Por mais que um ataque súbito de ódio suba a mente e você queira num seg

** PriNcíPes & pRinCeSas **

Leiam... Um certo dia, de tão monótono que estava seu dia e sua vida, levantou-se daquele pobre sofá caindo aos pedaços, vestiu aquela camiseta surrada e que dirá sua calça jeans preferida, procurou entre a bagunça sua carteira e achando as chaves do velho carro, saiu. Na cabeça um único pensamento... uma certa vontade de encontrar aquela mulher que lhe roubasse o sossego, chegou a invejar até mesmo os amigos e suas esposas grudentas, ciumentas e lunáticas. Queria algo, mesmo que fosse ruim. O importante mesmo era ter. Mas onde procurar? Que horas procurar? E como procurar? Estava cansando – coitado – dessa vida mesquinha onde sua fiel companhia era a latinha de cerveja vazia jogada em qualquer canto da casa, seus chinelos gastos e sua vida solitária. Na casa não havia ordem... mas mesmo assim, acostumou-se a ver tudo no lugar mesmo não estando, afinal pra que organizar? Não havia vasos de violetas nas janelas... e muito menos lençóis metricamente esticados... Nem mesmo no banheir