Pular para o conteúdo principal

** ReVerÊnciA a Volta **


Há tempos venho deixando meus textos de lado e escrito apenas versos... Bastou algum comentário para que levasse o tal ‘choque’ e refleti muito essa noite. Acho que vou voltar no ‘antes’ e deixar o monstrinho de lado.
Em reverencia ao retorno, eis que voltarei às páginas desse caderno e continuarei do ponto de partida (e inclusive vou amadurecer de vez a idéia de escrever meu romance – uma meta que tracei quando chegasse aos 30).
Descobri que o destino nos coloca em ciladas e confesso que algumas delas me tornaram meio PhD no assunto... autodidata dos assuntos que elevam e em queda livre arranham a alma.
As fronteiras existem apenas quando nos vemos limitados a dar pequenos passos e por algum tempo me vi assim.
Sabe, o monstrinho (o amor minha gente!) nos transforma em deficientes emocionais e adictos a tais sensações. Queremos amar e ser amados sim... Queremos sorrir sozinhos e para o nada, necessitamos saber que nossa existência completa alguém e VICE-VERSA. Isso é fato e nem adianta entrar na contramão. O amor faz bem e o desamor é meramente o efeito contrário.
E nesse meio tempo, o antídoto certeiro contra esse veneno age ao seu tempo.
Falo de amor, de paixões, medos e confusões. E prefiro dar asas ao que fica preso, angustiado em algum lugar do coração, pois as alegrias são egoístas demais para saírem da lembrança e circularem sem proteção.
Há sempre um momento do dia (ou noite) que dou vazão ao que vive aqui... e então saem os versos... e depois volto a rotina. Não que não seja feliz, não é isso e muito menos vejo assim... o blog até poderia se chamar ‘momentos’, admito. Mas retratar esses momentos e paralisá-los numa tela é tão gratificante que o nome que escolhi chega a ser predestinado.
Voltarei a juntar as palavras como anotações e observar a inspiração do dia. Era assim que tudo fluía e os textos nasciam, sem que a emoção contaminasse a mente e todo o resto.
O silencio é mesmo um orientador. Aprende-se tudo na percepção. Ora ou outra o breu te toma como fosse seu dono e os pensamentos entram em desalinho e em outras se enxerga uma luz te atraindo e quanto mais se caminha em sua direção, mas se fortifica.
O monstrinho é bonzinho, do tipo bicho papão que só pega meninas e meninos malcriados.
Talvez eu tenha sido assim durante alguma porcentagem da vida ou fiquei tempo desnecessário acuada, por medo.

(...)
by JanNe


Comentários

Janaína Pupo disse…
Ah esse monstrinho, conheço bem!
Bora deixar o medo de lado.
Beijos minha linda
Thatica. disse…
Riqueza. Primeiro quero fazer aqui um brinde a nossa amizade. Hoje você conhece minhas fraquezas. E fico feliz por essa troca de confidências.

Olha. Em você eu sinto uma amiga sincera e verdadeira. Saiba que é reciproco.

Você sabe que estou passando por uma situação dificil. E ao refletir, vi que seu conselho foi um dos melhores que recebi. Acordei bem melhor. Obrigada, pois na verdade eu nem sei como agradecer.

Temos um ponto em comum (na verdade, devemos ter vários, mas percebi fortemente esse) escrevemos de acordo com nossas emoções, sentimentos e afins. Expomos nossa realidade. Damos a cara e o coração a tapa doa a quem doer.

Te admiro. Pela mulher que é. Pela mãe que é. No mundo que, quando a gente liga a tv e só vê besteira. Vc é uma mãe dedicada que coloca os filhos em primeiro lugar.

ME ESPELHO EM VC MULHER GUERREIRA E BATALHADORA.

Beijos.

E quem disse que mulheres não são amigas?rs

Postagens mais visitadas deste blog

* A peça chave, é você! *

Estranhamente temos ou sentimos a necessidade de estar em constante limpeza interior. Ontem o que era bom, hoje já não satisfaz. O que agora te faz sorrir, amanhã será só uma lembrança. Crises são crises. E as existenciais são um estrondo na mente. É um pensar sem parar, uma angustia uma falta de resposta e não aceitação do que se vive. É um olhar para dentro e não saber o que realmente importa. Como se estivesse dentro de um quebra-cabeça gigante e ter plena certeza que nenhuma peça irá se encaixar. Existo por quê? Há os que virão com belos conselhos contra o seu vazio. Os que te apresentarão a religiosidade, os que simplesmente te dirão para parar de frescuras e seguir. Nada disso é válido quando você mesmo não quer enxergar não é mesmo? Sei bem. Nesses momentos, o que alivia mesmo é o silêncio. É se trancar em um quarto escuro, fechar os olhos e se imaginar parte dessa escuridão. É permitir que as lágrimas escorram e que seu corpo se esgote tanto a ponto de não sent...

** CoM ou SeM VoCê **

Não se importe com os críticos, continue amando! Nem vale a pena explicar, Mas se deixe levar... Sonhe com mais... mais... Impressionante mesmo é o jeito que ele te olha [rs] Apenas rejeite as sombras do passado E quebre o espelho quando este insistir em te mostrar O que não se quer lembrar No calor de uma noite, Brilhe nas buscas e se encontre nesse amor que pulsa Sem medo, Sem jeito Se permita a vontade de merecer E ame até amanhecer O coração tem horas que grita por carinho                            Dê-lhe! Ofereça-lhe amor, paixão, ilusão... Mas alimente-o de alguma forma. Deixe de ser cruel consigo mesmo. Não vale a pena! Afinal o amor não é nada palpável... É meramente um vapor, que aquece ou esfria ... Que quando menos se espera, Já se foi! “Então o melhor é ser dele agora e não deixar pra depois”       ...

** SeM esPaçOs **

Aflijo-me pelo céu em desatina lastima... Um choro que molha a terra e que vem lá de cima sem prévios anúncios. Chega. Molha. Umidifica o que (aquele) que está seco. Trás um pouco de maciez a alma. Choramos juntos. Por dias intermináveis, por lembranças que ficarão nesse tempo. Nada irá saltar com o vento para o novo. E como folhas secas, voarão para algum lugar especial do passado. Deves-se ficar, toda saudade. Todo amor dado. Toda dor sofrida. E os muitos sorrisos que se alegraram a alma em curto espaço. Ah! Eu esqueci? Não. Mas ficarás aqui. Os lugares para a nova viajem estão ocupados e não há brechas para tormentos conhecidos. Prefiro virar a página e te deixar em algum lugar desse velho ano mesmo. Talvez em Maio passado... E para sempre ali meu desagrado. A brisa renova e trás um sorriso inocente. Conhecido até, mas esperançoso de sei lá o que. Como saberei se não arriscar? Não há como, apenas redesenhar. O jeito é saltar com os pés soltos, flutuar no vazio e se acalmar. ...