Velhos fantasmas surgem para me assombrar.
Eis que venci uma etapa inteira sozinha, ofegante, mas passei por ela.
Dias, meses a fio aprisionada em um contexto apenas meu... Criado pela imaginação e desfeito com uma realidade um tanto quanto cruel. Tudo acabou.
Sinto alivio e nem uma mínima vontade de olhar para trás.
Mas os fantasmas insistem... insistem...
Hoje me vêem, hoje se deslumbram em meio a sonhos grotescos e exigem minha presença, mas se esquecem que já parti há tanto tempo... não deixando nada para trás, nem mesmo uma lágrima... nada!
Só eu sei o que se passou de fato. Das noites que não dormi e as manhãs que eu não tive coragem de enfrentar... Do riso verdadeiro que perdi ao me olhar... e o preço alto que paguei por minhas escolhas.
E minha escolha tem nome e meu sobrenome. Minha, apenas minha.
Uma flor rara nascida em meu deserto. Digna do meu amor incondicional.
Em certas partes, morri para que ela nascesse em mim...
E faria isso mil vezes se necessário...
E agora esses fantasmas me aparecem?
Por Deus!
Nada mais posso sentir do que desprezo (uma palavrinha com um sentido forte eu sei), mas que se encaixou perfeitamente nessa história sem herói ou mocinha.
Estou e me sinto diferente agora. Recuperei-me em meio à devastação da minha própria essência... há outro sentido no brilho dos meus olhos...
Uma luz radiante, que ilumina tudo... Enche-me de sentimentos bons e me fez descobri que o amor não é mais intenso ou maior que os outros se é sofrido, amargurado ou triste. O amor é também se sentir feliz e em paz...
É estar bem consigo mesmo e achar que se renasceu de novo, sem feridas abertas, sem lacunas, sem histórias sofridas ou passadas... é tudo novo!
Sou e estou feliz com meu ponto de luz.
E nem sei explicar o quanto.
É meu novo amanhecer a cada dia.
Xô, fantasmas...
By Jana
http://www.youtube.com/watch?v=3VIQ3Mo2x9w
Comentários