Confesso, acordei achando tudo indiferente, sentindo cada dia igual. Talvez isso passe, sendo eu tão inconstante. Ontem cheguei desfazendo tudo, me livrando de alguns pesos, perdoando meus enganos, quem sabe assim não chegue mais perto de mim...
Tanta coisa foi acumulando e agora sinto falta de um vão para me esconder. Tudo está preso na garganta e meu coração anda cada dia mais calado, como se quisesse me punir de alguma maneira.
Estou triste comigo. Verdadeiramente.
Nem mesmo o mar me trouxe sossego ou paz de espírito, pois estou fria ou congelada por dentro, sei lá. Finjo não ver nada disso, finjo que estou bem, isso me faz imaginar que nada existiu de fato, que me encontro no mesmo lugar de meses atrás.
Mas dessa vez não vou esperar nada de ninguém, vou trocar os passos com a solidão como sempre, pelo menos essa não machuca tanto.
Na verdade minhas “esperas” me levaram para muito longe e nunca dei importância que o retorno seria sozinha, onde fatalmente me arrependeria de ter distanciado tanto. Aprendi coisas incalculáveis dessa vez e pago o preço alto por ter sido tão confiante (caralho, o homem perfeito não existe!). Hoje sei o significado de uma entrega verdadeira, mesmo passando por cima de todas minhas feridas... mas tudo acabou! E lá no fundo acredito que essa tal felicidade ainda vai sorrir pra mim, mas de verdade... sem enganos.
E aqueles sonhos que tinham tanta vida, deixei que fossem embora em um barco qualquer que fiquei olhando até desaparecer no horizonte... As lágrimas são as ultimas coisas que me importo agora, uma hora secam...
É a única certeza que tenho nesse momento.
By Jana
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