Sou viajante sem mala e descalça, quase uma andarilha, a única diferença é que mesmo entorpecida sei meu rumo.
Sei por que ando de mãos dadas com um anjo e ele vai cantando pelo caminho... Canções alegres e tristes. De saudade, de vazio. De êxtase, de pura vida. Um misto.
Tem lugares que meus pés doem, sinto cansaço e frio.
Mas em muitos outros, a beleza natural paralisa meus olhos... são tantas cores, tantas ruas diferentes e a tal ladeira da saudade...
Quanta maldade naquele que jurou me cuidar!
Saudade – saudade – saudade.
Das pessoas, das pedras que machucavam meu andar, do vento, do céu, das casinhas humildes, do barulho do riacho...
Quando foi que vivi por aqui? Quando decidi partir?
E o anjo sorriu percebendo meus conflitos internos.
Enfim viramos a esquina da ladeira e olhar para trás ainda me deixou extasiava.
A ladeira que passei é meu passado, redesenhado como cada pedacinho da minha historia particular. Mas que existe apenas na minha memória. Há objetos, fotos, pessoas no meu agora que ainda me transporta a essa mesma ladeira, mas só eu sei como chegar.
Sei por que ando de mãos dadas com um anjo e ele vai cantando pelo caminho... Canções alegres e tristes. De saudade, de vazio. De êxtase, de pura vida. Um misto.
Tem lugares que meus pés doem, sinto cansaço e frio.
Mas em muitos outros, a beleza natural paralisa meus olhos... são tantas cores, tantas ruas diferentes e a tal ladeira da saudade...
É nela que recuso a passar, mas o anjo me puxa a força, me faz chorar.
Descontente, vou soluçando...Quanta maldade naquele que jurou me cuidar!
Tento desapegar de sua mão firme, mas ele não permite. Segura até fazer meus dedos doerem e alimentando meu ego de coragem, sigo ladeira abaixo.
Tudo que há nesse lugar me é familiar. Vou olhando com cuidado – olhos assustados.
Ate o ar tem cheiro adocicado. E muitas das pessoas que vejo, sinto vontade de abraçar, tocar.Saudade – saudade – saudade.
Das pessoas, das pedras que machucavam meu andar, do vento, do céu, das casinhas humildes, do barulho do riacho...
Quando foi que vivi por aqui? Quando decidi partir?
E o anjo sorriu percebendo meus conflitos internos.
Enfim viramos a esquina da ladeira e olhar para trás ainda me deixou extasiava.
Foi então – que mais calma, pedi para sentar debaixo de uma arvore – aquelas primaveras que tanto gosto. Meu amigo fiel, ao meu lado, feito cão de guarda. Brincava com as pedras, como esperando por meus questionamentos e minhas descobertas solitárias.
Então percebi que tudo é feito para não durar.
Tudo é passagem nessa vida de muitos dias. Mas nada dura além do que lhe é decretado divinamente.A ladeira que passei é meu passado, redesenhado como cada pedacinho da minha historia particular. Mas que existe apenas na minha memória. Há objetos, fotos, pessoas no meu agora que ainda me transporta a essa mesma ladeira, mas só eu sei como chegar.
E o anjo é meu presente. Meu amanhã, meu futuro daqui a meio segundo!
by JanNe
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