A alma tem a idade que desejamos.
Uma hora é feito criança, outra uma velha rabugenta. A alma tem suas facetas e mentir sua idade é uma delas. Perco-me nesse jogo.
Talvez a minha seja mesmo uma velha de trocentos anos a se perder de vista.
Ou então é uma criança chata e mimada, a qual não dispensa atenção incorporada em diversos momentos.
Dizem que almas são evoluídas ou não. Isso depende muito também da atitude e modo de pensar de cada um. Há pessoas que são visivelmente esquecidas no tempo, tanto pelo falar, pensar, agir, etc... Outras surpreendentemente crescidas espiritualmente.
Acredito mesmo que nossa alma fica como uma ‘bela adormecida’ dos contos de fada e o “tempo” é seu príncipe encantado o qual irá acordá-la ao momento oportuno.
Almas choram. Almas sorriem. Se afastam, se achegam.
Quando menos esperamos, ela impõe suas vontades. Age conforme sua natureza... boa ou ruim... mas se movimentam o oculto do ser.
Almas sabem onde o rio da vida vai dar... mas como crianças teimosas vão errando... errando... até o acerto. Sabem diferenciar o certo, mas nos deixam pecar. Esperam o que ainda não se chegou... caminham sozinhas sem pressa, aguardando uma vida pela companhia exata. Aquela que vai bastar, completar... iluminar.
Ensinam-nos a observar as águas fluírem lentamente e aceitar seus caminhos, suas próprias escolhas.
Almas são belas.
Pelo menos quero sempre enxergar as bonitas. Pois são as que mais me agradam.
As demais, inutilmente existentes... são amargas, apavorantes, quero distancia, mas sou obrigada a conviver e lidar com elas.
Mas precipito-me a falar da minha alma... e pouco das alheias.
Entendo pouco do assunto – há ainda muito o que crescer!
Circunstâncias fazem almas modificarem suas formas. Mas o interior é um espelho entre o ontem, o hoje e o amanhã.
Sorte a minha, abrir meus olhos num dia especial e não me lembrar dos erros passados.
Nasci apenas com sede...
Sede de se viver melhor dessa vez.
E feliz em saber que um outro tempo começou por hora.
(...)
by Jana
Comentários