7h - Acordei sorrateiramente... E como de costume, passei pelo banheiro e em seguida olhei-me ao espelho, já lavando o rosto – como se a água fria tivesse o dom de me trazer a realidade do novo dia. Tudo bem. Olhei novamente meu reflexo e não tive como evitar um “PUTS” em desabafo a tristeza ao ver meus olhos ainda inchados (devido à bendita conjuntivite, aff... que saco! Pensei que tivesse me curado).
É estranho, mas essa sensação de querer fugir de algo não me abandona. Voltei pra cama como se desejasse só por mais algumas horas o escuro da madrugada, com todo seu silencio. Sem fazer um único ruído, entrei por debaixo do cobertor e fechei os olhos.
Ah... em menos de cinco minutos tive a sensação de estar sendo observada por alguém (alguém com o nome de Luiza, é claro – meu bebezinho).
Levantei – agora pra valer – liguei o som para tentar alegrar algo aqui dentro. Preparei uma mamadeira, dei um banho na pequena e fui cuidar de mim (afinal a dona Bruna continuava dormindo). Acho que meu banho, nesses dias esquisitos, dura mais ou menos, uns 20 a 30 minutos.
Estava claro que “ela” iria chegar. Identifico rápido sua semi-presença devido a tantos anos de convivência forçada. De repente tudo me pareceu pesado e irritante. Senti minha taxa hormonal subi e descer quando experimentei mil e uma roupa e nada me parecia perfeito. Aos poucos meu olhar foi se tornando critico (já era “ela” quem estava ali do meu lado, rindo... debochando).
Sua presença é tão egocêntrica, tão insuportável que instantaneamente enterro meu bom e velho humor, meu sorriso e me entrego – afinal como fugir dela?
Bateu-me uma certa revolta em saber que em meu organismo, não tenho nem o direito absoluto do livre arbítrio, uma injustiça isso!
Eu queria acordar de bom humor sempre (sem ter a necessidade, “nesses dias” de ficar com a irritabilidade impreguinada no meu corpo). Queria estar sempre pronta e decidida, sem passar mensalmente por esse rio de indecisões e sensibilidade à flôr da pele.
Gostaria que o gosto de um chocolate fosse o mesmo nos dias normais. Sentiria mais feliz se tivesse à certeza que essa “compulsão alimentar” não me rendesse tantos quilos extras após essa avalanche de emoções.
Credo! Como estou chata!
Devo atribuir a culpa em “Eva” que comeu aquela maldita maça e nos trouxe os mais terríveis dissabores? Creio que sim (pelo menos assim me sinto isenta de culpas).
Isso vai passar... “Ela” – a famosa TPM Tensão Pré Menstrual – irá pegar suas malas e partir daqui uns cinco ou seis dias. Até lá, tenho que conviver com os exercícios de Respiração para me acalmar, que aprendi lendo em algum lugar, bem do tipo assim (ah, não riem):
******* Feche os olhos por alguns segundos e
******* Inspire amor bem fundo
******* e expire lentamente amor (isso umas 5x a cada 1h)
Coisa de maluco?
Pode ser. Mais resolve. Trás um pouquinho que seja de paz e sem contar que “ela” (a tal da TPM) vai se esconder de tanta vergonha, te deixando em paz por alguns minutinhos.
As coisas que de praxe fazemos quando estamos tomadas por essa Maledita TPM, as quais me refiro ao GRITAR, xingar, bufar, quebrar, etc, etc... isso vai continuar se você não por em prática o seu auto-controle.
Eu ainda continuo achando que o melhor remédio está no sexo oposto, pelo menos nessas horas 'eles' vêem como um alívio!!!! Hahahahahahahaha
Um beijoO
Janynha
P.s.; 1º dia de convivência com ela.
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