Até que ponto será que devemos sermos ‘politicamente corretos’ com a vida, coisas e principalmente pessoas?
Essa frase hoje está na minha mente latejando...
Mas no fundo, creio que ninguém consegue – e olha que há os que realmente acreditam serem (coisa de doido com mania de perfeição eu diria).
A gente tenta... tenta... mas é um troço um tanto quanto complicado de se seguir a risca. Acabamos deslizando literalmente na maionese, pois ser correto em tudo é minimamente impossível (e absurdo também).
Poxa, somos seres errantes e anexados a velhos hábitos grotescos!
E esse povo acaba tendo a mania besta de querer ser como espelho para os outros ou então se julgam capazes de não errar nunca.
Eu mesma quando acordo tenho a mania de programar meu dia antes mesmo de colocar os pés abençoados ao chão (o direito é claro). Digo em pensamento: - Hoje você vai fazer isso e aquilo, sem tropeços. Mas ao final do dia penso: - Puts, não fiz nada do que queria, agi pelo velho impulso... que saco!
Pra vocês notarem como o termo ‘correto’ não se enquadra nada X nada em mim.
A cruel realidade é que o coração (que anatomicamente é só um músculo cardíaco) é quem comanda tudo. Dou razão a cada batimento mais forte, como se o todo transformasse em mensagens codificadas... faço o que ele manda sem pestanejar.
Se fiz tudo certo... beleza... mas se saiu tudo errado... vai se fazer o quê?
Pelo menos tentei.
E mais vale tentar do que a dúvida por não ter feito.
Nesses dias, por exemplo, estou tentando ser ‘politicamente correta’ comigo e não para o mundo. Passei por cima de um orgulho idiota e assumi certas vontades, pois já que não consigo me livrar de certas bagagens pesadas, melhor mesmo é carregá-las com orgulho.
Afinal ser certinha sempre, cansa.
E às vezes (ou quase sempre) nem estamos preparados para andar em linha reta. Haverá os desvios, as opções sinuosas e similares à frente e são esses 'caminhos tortos' que realmente nos ensinam alguma coisa, pois a paisagem se mostra diferente em todos eles...
Mas juro que estava tentando, isso tenho que ressaltar.
Só que a minha personalidade (cheia de hábitos e manias incorporadas) fala mais alto. Tenho, ou melhor, preciso ser sempre o que sou sem me enquadrar a um eixo.
Se magoei, não sossego enquanto não peço desculpas... se roubei um sorriso e deixei apenas lágrimas, faço de tudo para reconquistar... se perdi, tento encontrar... se joguei fora, penso em quem for encontrar... se alguém me deixou triste, porque não consertar, remendar ou costurar?
Há diversas maneiras de ser correto não para os outros, mas para si mesmo, sem aquele drama de ressentimento... Sem essa carga pesada na alma que só faz mal...
Se Deus me fez com um coração mole e insensato perante os meus olhos, preciso aprender a colher suas qualidades também... Mas ultimamente ando apenas penalizando-o e não estou sendo nada correta com ele, obrigando-o a fazer coisas que ele não deseja. Chega disso!
Se ele quer amar... deixe que ame. Se ele quer pedir desculpas, que peça... se ele quer chorar, deixe que chore... se ele quer ficar de canto, que fique... se ele quer as pessoas por perto, que procure-as... se ele quer sorrir, que ria... se quer ficar ausente, que suma (por alguns milésimos de segundos é claro)... se ele quer que seja assim, que seja... e se querer tomar novos rumos, que me habilite a dar os primeiros passos... como já iniciei.
Isso sim é ser 'correto'.
E é o que espero de todos meus irmãos de alma, todos filhos de 'Papai' e que se esquecem que ser original não mata ninguém, sem contar que agir com amor não altera nenhuma essência.
A penitência maior em se errar... é consertar e não há nenhuma contra-indicação para isso!
Pensem nisso!
com carinho
by Jana
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