Hoje não quero saber se o mundo inteiro vai me ouvir, como as pessoas interpretarão, como vou ficar em meio a essa confusão...
O ar está denso e irrespirável há vários meses.
O mundo continua cinza, desde o dia em que fiquei parada sentada vendo a noite me engolir em segundos...
Levando consigo minha paz, minha alegria, meus poucos momentos bons.
De lá pra cá é tudo mecânico.
Faço por que tenho que fazer, transporto-me como se tudo fosse apenas corpo...
Não existe vida no toque, nas ações, no querer.
Nem mesmo o som das palavras ouço com aquela enigmática euforia. Elas se foram.
E pra onde?
Pra quê?
O dia está longo... e as noites procuro encurtá-las de propósito.
E o vazio está aqui... Em alguma hora do meu tempo sei que ele vai me abraçar violentamente como sempre faz.
Vou perder os sentidos, vou perder a voz, vou me perder em meio a tanta saudade e um emaranhado de lagrimas.
E não há mais nada que eu possa fazer... nada!
Já lutei contra. Já procurei enganar-me... mas é tudo em vão.
Não há como sair de dentro de si mesmo. Não se tem formas de fugir.
Se tudo são ciclos, eis que estou com os pés atolado em lamas.
Atolados nessa fragilidade inútil, desumana.
Ei, ei, ei... mas como digo, tudo são momentos.
Uns passageiros, outros colaboradores, causadores... sei lá...
Eles vão passar e como a voz é melancólica agora, é melhor por pra fora...
Talvez o começo se dê por aí!
(JanNe)
Comentários
Linda, seja muito bem vinda no meu cantinho, adorei o teu !
Grande beijo!