Ainda se tem tempo de correr,
Ainda dá pra ficar mais um pouquinho que seja, sei lá.
O dia a dia vai varrendo tudo, como essas enchentes inesperadas no fim da tarde.
Sinto-me enfadada diante da ansiedade futura
Tenho medo, tenho coragem
Tenho tudo,
Menos autocontrole para as coisas mais simples
A impressão que tenho, que o melhor seria fechar os olhos e deixar tudo passar como aquelas filmagens aceleradas,
Mas não dá.
Coração, razão, profissão, sonhos e vida...
Um caldeirão de loucura pra uma pessoa só
Teria que ser milhares em uma
Mas nem sei se sou alguma
Confusão né?
Mas é como se resume as tais buscas
A gente corre, corre... e tenta agarrar a Deusa da Oportunidade pelos cabelos
Meio a força, meio sem jeito
Finge não ver isso, aquilo
Pula esse obstáculo, se cansa com o outro logo ali na frente
Como num joguinho infantil
E os bônus não somam, acumulam-se... e Pra quê? Por quê?
E tudo continua a atropelar os sentidos
Se esquece do querer
Imobiliza o coração e nem se pensa em emoção
Sente as ausências apenas
Num dia frio, solitário
Ai sim lembro-me de que a alma está sedenta
De emoções, de risos soltos, do afago nos cabelos
De sentimentos...
Água pura que me esqueço de beber!
Mas o tempo está dopado de obrigações
E a alma num cantinho, sentadinha a espera de algo para comemorar
Talvez um novo dia diferente,
Talvez um pouco mais de vida presente...
By JanNe
* Não espere se ausentar do corpo cansado, para invadir dimensões desconhecidas, achando que irá encontrar a alma de fato. É preciso parar por instantes (por os pés no freio bruscamente) para que a sinta e a veja sorrindo para você...
Comentários
Bjuuus