Recebi palavras em versos feitos flores
Vermelhas de paixão momentânea
Saudosas de um tempo que já se foi
Mas que todos os dias se faz presente
Como gritasse pra mim: - Ei, saia daí, se dê uma chance!
De todos os incômodos da mente
Receber amor físico e distante cutuca a alma
E a faz sorrir
Como num filme de amor impossível
Vive-se o dia por partes
Ah, ele é apenas um guri!
Mas que sabe brincar bem com as cores que deixo expostas
Hein!! Qual você quer, diz pra mim?
Azul, amarela, laranja, rosa... são mesmo aquarelas vistas do alto
Do céu que pintamos
Das gargalhadas que damos
Do horizonte sem formas, do amanhã que não é necessário
Havia esquecido do hoje
Porque sempre rabisquei o futuro com muita gana
Adormecia sem saber o que era agora
E numa noite me dei, me entreguei e recebi
Ignorei minhas próprias censuras
E descobri que duas pessoas juntas é uma soma
E se virar um
Perde-se tudo
Então fico com minha própria definição de felicidade:
“É água que seguramos por pouco tempo entre as mãos
Mas que logo se escorre entre os dedos sem se perceber”
Pois até onde consegue, ela sacia a sede...
Hidrata o seco
Preenche o espírito vazio
E transforma a noite em dia
O verde é mais verde, o azul do céu é mais intenso
As pessoas são perfeitas
O deserto era só ilusão
Parece que tudo foi bobagem e que não houve destruição
Pois o Jardim continua lindo
Intacto
Escondido no peito
Inabitável
Só meu!
E enxergá-lo daqui
Faz-me esquecer do desassossego
Do apego ruim
E assim volto (por instantes) em mim!
Afinal sou mesmo, uma metáfora sem fim
(risos)
- by JanNe –
00:45h
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