Sei que o grande erro está em exteriorizar meu próprio mundo, mas as palavras tem vida própria, gesticulam, pulam para fora e segue sem pudor algum.
Tenho noção de que podem ferir, ultrajar o que menos desejo, mas quando me permito a viver nessas linhas, falo apenas de mim e minhas próprias dores.
A convicção que o mundo mostra-se em diversos momentos com várias faces eu compreendo, talvez ele que não entende minha visão ou minha auto-análise individual.
Aguardo sim ansiosa a próxima primavera, onde suas cores e suas folhas estarão estabelecidas de vez e quem sabe até lá não modifico minha atual paisagem, onde o sol aquece, a chuva molha e o vento sopra e nada me toca de verdade.
Está sendo uma escolha, sem culpas.
E certamente todos passam por isso, mas cada qual tem lá sua própria estratégia de se imunizar, a minha é essa.
Certa hora me assusto, me revolto com meu comportamento. Há pessoas lá fora me gritando, mas finjo não ouvi-las e troco a presença pela ausência saciável. Como se ela saciasse minha sede e me amparasse quando deixo as lágrimas fluírem da alma, sem qualquer contestação... apenas vem e seguem seu destino. Nem isso machuca mais.
Seria uma fuga minha abdicar do mundo e acreditar nessa mentira que ele realmente não me faz falta?
Hmmm, tenho as respostas. E não me importo – no momento – de ignorá-lo por completo, pois cansei de procurar a felicidade por aí, cansei de acreditar nas coisas que parecem perfeitas ou pessoas acopladas a essências vazias ou meramente duvidosas. Sinto nojo disso.
A perfeição é nula. Não existe em lugar algum. O que é belo pra mim, é estranho para outros. Pois as diversidades desenham o que somos. E ainda assim, muitos insistem em aludir a própria convicção ou caráter. E ando de saco cheio disso.
Acaba tendo um preço altíssimo a verdade. O melhor é isolar a minha.
O alvoroço das emoções evidenciam meu momento.
A “grande tristeza” ainda caminha comigo. Já fui a lugares longes, pertos... já estive com pessoas doces e outras que pareciam não terem alma e já escutei trilhões de conselhos e mais... recebi abraços apertados (de urso como costumo dizer) e desejei que nunca mais me abandonassem (tamanha a necessidade de estar protegida), mas ela * não me abandona... e como minha velha e amada mãe diz, ela... estará presa no meu olhar.
É aí que peço desculpas a mim e as pessoas que amo e que tentam... tentam... e me acalentam com um amor desconhecido, mas que acaba tendo o efeito de ‘morfina’ pra mim... sempre dando alivio na hora que mais preciso.
Talvez a cura não exista. Talvez seja como uma cicatriz que ao mais breve toque, mostra-se amortecida e sensível... evidenciando sua natureza frágil e inconcebível.
“As palavras se perderam, paro por aqui”
(...)
by Jana
Comentários
eu falo estas palavras como um grito bem alto no deserto aquele que perco a voz...
vc enfrentou coisas que ninguém aguentaria , e esta ai firme é forte, ei de um sorriso pode ser com lagrimas não importa so sorria vaiii... ti doro Jane
Manda e da um bjo nas gurias por mim ta?! esquece não.
bjus meu