Hoje definitivamente é um dia especial pra mim.
Embora esteja com uma leve sensação que sou um peixe-fora-d’água ou uma aluna repetente, estou me sentindo realizada.
Estou me proporcionando mais uma vez a terminar de construir um sonho parado há quase três anos. Sim, o de Enfermagem.
Após ter até desistido, eis que retornei a minha velha casa (meu curso).
Rostos diferentes, papos estranhos e professores meio alienados e meu propósito: me formar.
Ao fundo da memória eu retirei velhas imagens das saudosas amigas (Karyn, Débora, Linão, Nadja, Gi, Fabi, etc). Em cada canto de certa forma ainda estamos lá... foi o que me deu forças nesse primeiro dia. Isso que dá paralisar no tempo seja lá o motivo... você sente que ele não vai passar nunca. Mas passou e é hora de renovação e abertura para o novo.
Estou na verdade ferrada... no bom sentido (se é que isso exista). Tenho que retirar do baú meus antigos conhecimentos e aprimorar com os novos, os quais já notei que vão infernizar minha vida e mesmo tendo essa avalanche de apostila para estudar, eis que me dou o direito de ter meu próprio tempo para fazer o que também gosto muito... Estar aqui nesse meu mundinho virtual.
Chegando no trabalho, me deparei com algo que pra ser sincera eu nem esperava mesmo. Uma resposta.
Uma resposta a minha bandeira de paz (nem sei como consegui ter forças pra isso, mas fiz de coração). Ler certas palavras, sentir a presença viva de certa pessoa em uma simples resposta me deixou sim feliz. O mesmo que outrora roubaste minhas cores, me trouxe um arco-íris rápido nesta tarde. Claro que não vou me prender a isso. Mas não serei ingênua em tentar mentir pra mim mesma. Isso não.
Querendo ou não, é o que resta em meu coração – e olha que dei uma passada rápida por ele pra não se contaminar com suas tolices. Querendo ou não, um certo sentimento é o que ficou lá dentro e eu acabei abandonando pois ainda não sei uma maneira de retirá-lo de vez. Descobri que isso não depende de mim ou da minha vontade. Só amenizo as coisas tentando não olhar e não sentir. Mais está vivo, vai se fazer o que?
Sem saber das verdades ou mentiras eu preferi seguir minha vida sem peso algum. Embora eu não encontre motivos, escolhi estar em paz e não alimentar esse sentimento com ódio ou raiva. A melhor forma de matá-lo é não alimentá-lo.
Gosto de ter paz, independente de tudo. Não suporto a idéia de conviver com uma mágoa. As emoções negativas nunca tiveram vida longa dentro de mim... graças a Deus.
Infelizmente se amo, amo pra valer.
Amo intensamente meus sonhos, minhas metas, pessoas. Arrisco. Quebro a cara, se cair me levanto. Uma hora tudo vai dar certo.
Saudades ficaram. Machucam de vez em quando. Mais são superáveis.
Enquanto eu não tiver forças para abrir essa porta novamente, essa é minha escolha.
Posso viver ignorando meu próprio coração, mas a razão nunca. E essa danadinha sempre me chacoalha a fazer as coisas certas... sempre.
(by Jana)
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