Chega certos momentos que não sentimos mais a necessidade de expor palavras e sim analisar tudo no mais silêncio profundo.
Ah! Inspiro e expiro... uma liberação de ar comum, mas que as vezes vai mais fundo. Saudades sinto folheando álbuns alheios. Amigas com suas histórias e jeitos inesquecíveis. Saudades de um tempo que ficou lá atrás, mesmo que eu estivesse agarrado a ele com minhas unhas aprofundadas.
Sorrisos, gargalhadas e discussões banais. Um ponto de encontro em meio a um sonho em comum... era nossa turma!
Uma meio que sem querer, se trancou em seu mundo após uma grande perda (memorável, difícil de esquecer... e justo em meu aniversário). Outra se juntou a sua pouca força e está aí tentando esquecer partes de sua identidade, sua história sequelada, tentando absurdamente ser feliz, já que a vida lhe roubou o sorriso na cara dura. Lá adiante vejo mais uma, batalhando... colhendo os frutos de uma árvore gigantesca, sua vida...e nos olhos verdes, ainda vejo uma tristeza profunda... carência de seu velho pai.
Há as demais, mas essas ainda não sei por onde andam, apenas estão presentes naquela sala de aula. Mas com certeza estão correndo... feito loucas em busca de um único propósito que muitas vezes se encaixa ao meu em construção.
Eu... estou voltando exatamente de onde parei. Tranquei o sonho com lágrimas nos olhos e assisti a ultima aula com um pouco de cansaço e tristeza. Foi com essa mesma sensação que retornei há poucos dias.
O que me custa é aceitar o novo. É ver nas novas almas algo que me identifique, que me traga um pouco do que retirei de mim mesma.
A única coisa certa no momento é a distancia e nostalgia de minhas trutas de batalha – como eu costumava classificá-las. Irmãs com o mesmo dom... o de cuidar sempre!
Esse ainda continua sendo o objetivo maior. Pelo menos em mim floresceu mais uma vez, como se me gritasse tentando me colocar de volta em meu destino.
Por isso retornei... pelas almas adoecidas que me aguardam. Pelo amor que sinto ao ver o mundo e não saber por onde começar a doar-me. Eis minha única chance de testar minha própria capacidade... e mergulhar fundo mesmo não sabendo nadar.
O que antes era um sonho único tornou-se recíproco. O que havia se tornado um conjunto, hoje caminho sozinha. Pela minha própria culpa em modificar os caminhos.
Mas creio que tinha que ser dessa forma. Aquela zoeira toda me deixou saudades sim, mas no agora eu me sinto diferente. Os anos pesaram.
O que antes eu me abdiquei a dar valor, hoje estou segurando nas mãos com certa força.
Vai ser tudo diferente eu sei. Mas já ouço o sonho chorar após nascer com seus pulmões novinhos em folha.
Para as que continuaram caminhando, deixo aqui eternizado a grande falta que vocês me fazem (Débora, Aline (abaixo) e Karyn). Um misto de orgulho me bate quando reencontro vocês... cada uma tentando... cada uma mudando... crescendo espiritualmente... sendo felizes da maneira que escolheram.
Uma pena que o relógio não páre.
Que nos faça apenas ter lembranças.
Amo vocês meninas! Levarei cada uma comigo e sei que estarei com vocês, pois nossa amizade é um anjo oculto agora, mas sempre presente.
Felicidades gurias!
By Jana
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